13 de jul. de 2010

Colisão de galáxias comemorou aniversário do Hubble

  

Imagem 1Arp 272, a galáxia olhos de coruja.

A colisão de duas galáxias espirais (acima), conhecidas como Arp 272, fazem parte de uma coleção de 59 imagens divulgadas em honra do Telescópio Espacial Hubble, no seu 18º aniversário, em 24 de abril de 2008

O novo atlas de fusões galácticas é o maior acervo de imagens do satélite espacial Hubble ainda divulgado ao público, de acordo com a NASA.

Apesar da sua reputação como estruturas estáticas, galáxias colidem freqüentemente e morfam-se em novas formas peculiares. O novo atlas cósmico poderá ser um teste interestelar, com imagens de formações que se assemelham às formas mais surreais, lembrando-nos de tudo, desde a vida marinha a instrumentos odontológicos (imagem 3).

A coruja - como forma da Arp 272 faz parte da "Grande Muralha" de galáxias na constelação Hércules, há 450 milhões de anos-luz de distância.




Imagem 2NGC 6240, a Constelação Tartaruga.

Parecendo uma tartaruga marinha estelar, a galáxia conhecida como NGC 6240 é na verdade o resultado de duas pequenas galáxias que começaram a se fundir há 30 milhões de anos.

A colisão provocou um surto de formações, gerando numerosas explosões de estrelas supernovas. Imagens de raios-Xda peculiar galáxia também revelou dois gigantes buracos negros, cerca de 3 mil anos-luz, que também acabarão por se unir. A galáxia fica a cerca de 400 milhões de anos-luz de distância na constelação Ophiuchus.



Imagem 3 – Galáxia Markarian 273, a escova estelar.

Se necessária for uma higiene dental nas estrelas, a galáxia Markarian 273 estaria pronta para agir. As "cerdas" desta galáxia em forma de escova, cerca de 500 milhões de anos-luz de distância, é realmente uma região de intensa formação estrelar, que produz cerca de 60 vezes a massa do nosso sol e que se vale de novas estrelas em cada ano.

A singular forma tem cerca de 130 mil anos-luz de comprimento e é visto pelos astrônomos como prova de que a estrutura é o resultado de uma fusão galáctica.




Imagem 4 – Arp 148, a galáxia Água-viva.

A colisão galáctica que criou Arp 148 produziu uma onda de choque que deu a esta estranha galáxia a forma de água-viva.
Os astrônomos pensam que a primeira onda de choque em matéria formou a região central e, em seguida, poeira e gases espalham-se para fora, formando um anel. A alongada secção perpendicular ao anel sugere que está fusão ainda está em curso.

Arp 148 fica a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância na constelação Ursa Maior, também conhecida como o Big Dipper.


 Imagem 5 – Galáxias Arp 256, estrelas explosivas.

Arp 256 é formada por duas galáxias espiraladas. As primeiras fases de uma fusão parecem luzir como uma exibição pirotécnica. A atração gravitacional entre as duas criou sua extensão - como caudas de gás, poeira e estrelas.

As regiões azuis de Arp 256 são nós de estrelas explosivas que contribuem para a formação do sistema, sua luminosidade é cerca de 100 mil vezes mais brilhante do que o nosso sol.
Os fogos são encontrados na constelação Cetus, 350 milhões de anos-luz de distância.


Imagem 6 – Galáxias NGC 5754 e NGC 5752, interação há milhões de anos luz.

Duas galáxias interagindo há 200 milhões de anos-luz de distância mostram que o tamanho não interessa quando se trata de fusões cósmicas.

A maior galáxia, NGC 5754, apresenta apenas uma ligeira perturbação à simetria do seu interior em padrão espiral e seus braços são levemente torcidos, para além do anel interno.

Em contrapartida, a menor galáxia NGC 5752 (abaixo, à esquerda) sofreu um episódio dramático na formação de estrelas, graças a esta "aquisição hostil", com enormes grupos de estrelas recém-agrupadas em torno do seu núcleo.


Imagem 7 – Galáxias ESO 593-8 formam um vaga-lume interestelar.

Tal como um vaga-lume pairando no espaço, fundindo duas galáxias de brilho azul, com cerca de 650 milhões de estrelas conjuntas, à anos-luz, na constelação de Sagitário.

As galáxias, conhecidas coletivamente como ESO 593-8, provavelmente vão continuar a junção e moldagem. Os cientistas dizem, sem uma certeza final, qual é o formato que as galáxias poderiam tomar. Leia mais aqui.


Fontes de Pesquisa:
·         National Geographic Site – Galactics
·         Imagens da NASA, da ESA, e do Hubble Heritage Team (STScI / AURA)
·         ESA/Hubble.
·         Créditos:
·         A. Evans (University Virgínia, Charlottesville / NRAO / Stony Brook University),
·         K. Noll (STScI), e J. Westphal (Caltech).

Editorial deste blog:
Pesquisa, tradução e edição final:
Mariangela Ghirotti.

12 de jul. de 2010

Corot-9b - Novo exoplaneta encontrado pode ser a Pedra de Roseta Cósmica.


O exoplaneta Corot-9b e sua estrela central. 
Um planeta gigante gasoso recém-descoberto com uma órbita quase circular em torno de sua estrela, Hot Júpiter, é o primeiro planeta fora do nosso sistema solar (ou "exoplaneta"), que pode ser observado em detalhes, em um novo estudo.


Constelação Serpente (Serpens Cauda) crédito: ESO

O projeto do satélite CoRoT é uma parceria internacional com participação de laboratórios franceses e de mais seis países europeus e do Brasil.

Cientistas que integram a equipe do satélite CoRot acabam de anunciar a descoberta de um planeta do tamanho de Júpiter e que possui cerca de 300 vezes a massa da Terra. Denominado CoRot-9b, o exoplaneta está bem próximo de uma estrela similar ao Sol, na constelação Serpens Cauda, distante cerca de 1.500 anos-luz da Terra.

Imagem divulgada pelo Observatório Europeu do Sul - ESO, mostra o planeta extra-solar denominado Corot-9b. Foto: ESO/AFP


O planeta Corot-9b passa na frente de sua estrela a cada 95 dias, como visto da Terra. Cada um desses trânsitos dura cerca de oito horas. Quando está posicionado entre sua estrela e a Terra, parte da luz da estrela passa através da atmosfera do exoplaneta.


Ao estudar esta luz estelar filtrada, os astrônomos serão capazes de determinar quais as moléculas que compõem a atmosfera de Corot-9b. Se for esse o caso, ele poderia se tornar uma "Pedra de Roseta" cósmica para a investigação de exoplanetas, disse o co-autor do estudo Claire Moutou do Laboratório de Astrofísica de Marselha, na França, referindo-se ao artefato antigo que ajudou a decifrar os hieróglifos egípcios.(Relacionando...).


Satélite CoRot - imagem digitalizada. ESO/AFP

O Satélite CoRoT identificou o planeta após 150 dias de observações durante o verão de 2008.
De acordo com o professor Sylvio Ferraz-Mello, (Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP), os cálculos realizados até o momento apontam que a sua temperatura superficial é prevista entre -4 graus e 320 graus Fahrenheit (-20 graus e 160 graus Celsius).

“Nessas temperaturas pode até existir água no estado líquido”, avalia o professor, que integra a equipe de mais de 60 cientistas que atuam no satélite.

Imagem divulgada pelo Observatório Europeu do Sul - ESO, mostra o planeta extra-solar denominado Corot-9b. Foto: ESO/AFP


Ferraz-Melo conta que as observações tiveram início em 2008. “Na verdade, o planeta Corot9-b foi descoberto há cerca de dois anos, mas somente agora é que ele foi anunciado”.
As informações sobre a temperatura e a forma do novo exoplaneta foram obtidas por medidas espectrográficas feitas a partir de um observatório no Chile. O trabalho no IAG, de acordo com o professor, envolve duas frentes de estudos: o tratamento das observações feitas no Chile, que permite obter medidas espectrográficas que determinam a massa do planeta, por exemplo, e o estudo dos fenômenos das marés nos planetas, que afetam sua rotação.



“O Corot-9b não é completamente esférico. Ele é levemente ovalado”, observa o cientista, destacando que o planeta que acaba de ser anunciado demonstra um grande potencial para futuros estudos de suas características físicas e atmosféricas. 

"É o que esperamos quando pudermos investigar este planeta, que terá características que estão próximos a outros planetas gasosos gigantes fora do nosso sistema solar", diz Clair Moutou. Isso porque pensa-se que as propriedades físicas de Corot-9b poderão ser representativas de muitos exoplanetas gigantes de gás em nossa galáxia; Assim, estudar em detalhes o Corot-9b poderia lançar luz sobre os mundos que não estão em trânsito, tornando assim impossível para os astrônomos a investigação.


Um novo planeta semelhante a Júpiter e Saturno:
A técnica da luz solar filtrada tem sido utilizada para estudar a composição de outros gases da atmosfera dos exoplanetas com grande sucesso.
No entanto, os planetas orbitam muito perto de suas estrelas e são, portanto, muito mais quentes. Como resultado. . . Leia mais aqui.


Fontes:

Ker Than para National Geographic DailyNews (em 17 de março de 2010).
USP-SP / da Redação - agenusp@usp.br

Mais informações:
Eduardo Janot Pacheco - janot@astro.iag.usp.br
Sylvio Ferraz Mello - sylvio@astro.iag.usp.br
Claire Moutou - Laboratório de Astrofísica de Marselha, França.
 

Sites pesquisados:
Observatório Europeu Austral
Satélite CoRoT
Revista Nature.

Laboratório de Astrofísica de Marselha
G1.com/Ciência/Astronomia

Uma viagem virtual a Marte

Google disponibiliza tour Pelo Planeta Vermelho "ao vivo".


 

No mês passado o Google lançou a versão 5 do Google Earth com diversas novidades, oceanos em 3D e incluindo uma espécie de Google Marte, umm globo virtual do planeta vermelho. 
Mostramos tudo AQUI.
 
A Empresa/Serviço lançou esta e outras novidades já foram anunciadas. É uma nova interface chamada "Live from Mars", mostrando as mais recentes imagens planeta. Para isso, o Google trabalha em parceria com a Nasa que disponibilizada imagens dos satélites que monitoram Marte, que são Themis e HiRes.



Fontes:
Olhardigital - Marte
Olhardigital - Oceanos

Editorial Deste blog:
Pesquisa, tradução e edição final:
Ghirotti Mariangela.